A União dos Escoteiros do Brasil, associação de direito privado, dita sem fins lucrativos, criada no ano de 1924 que possui hoje 45 mil membros distribuídos em vários estados brasileiros se autodenominou proprietária de um movimento juvenil que se encontra em todo mundo e distribuída em várias associações mundiais e locais distintas e com organizações próprias.
Durante muitos anos essa associação quase centenária se sentiu tranqüila com a sua posição com o registro de algumas marcas que a distinguia de outras associações escoteiras, desde a sua constituição outras associações desenvolveram suas atividades e se utilizavam do nome escoteiro, mas como eram pequenas associações e não somariam aos seus cofres, nunca fez nada contra elas.
A primeira “grande ameaça” deste monopólio foi quando a igreja adventista na década de 80 saiu e começou movimento parecido, denominado Desbravador, a UEB tentou de imediato registrar este nome como seu, mostrando que é contrária a toda manifestação juvenil uniformizada aos moldes do escotismo.
Nos últimos 7 anos após uma grande cisão em seus quadros e com o aumento de associações escoteiras legalmente constituídas a mesma começou uma escalada de registros do nome escoteiro para todos os fins, desde ursos de pelúcia até uniformes. E como se não bastasse se utilizando de uma informação tendenciosa, diz que o nome escoteiro é de sua propriedade para todos os fins, se esquecendo do ordenamento jurídico brasileiro e mundial que diz que não se pode registrar “Sinal de caráter genérico, necessário, comum, vulgar ou simplesmente descritivo, quando tiver relação com o produto ou serviço a distinguir“.
Com esta postura a mesma moveu ação contra a Associação Escoteira Baden-Powell a qual se encontra em fase de anulação por desistência da UEB no processo. E não se sentindo satisfeita, está derramando, tristes e vergonhosas notificações extrajudiciais para vários grupos no Brasil, mandando documentos mal elaborados e apoiados em amizades em diversos locais, a fim de parar o trabalho feito por diversas pessoas pelo Brasil.
Sabemos que algumas ações estão sendo preparadas e movidas em vários estados, pois esta postura está violando os direitos associativos, da criança, da livre concorrência, entre outras, além de não ser atitude escoteira.
Lembramos que nenhuma associação será dissolvida a não se por ação transitada em julgado em ultima instância e que quaisquer marcas podem ser questionadas na justiça a qualquer tempo. E que uma lei derrogada e não recepcionada, não pode ser invocada para ameaçar os demais e manter o monopólio que gera só em registros 2 milhões e meio ao ano só com registros sem levar em conta os convênios e doações.
Não sei por que a UEB quer fazer isso...
ResponderExcluirDeviam defender o escotismo em si não importando em que associação escoteiras as pessoas vão entrar, não concordo com esse movimento, que triste :/
É triste que uma associação que diz não ter fins lucrativos se preocupe tanto em tentar derrubar os que praticam escotismo e que preferem não ter ligação com a monopolização de um movimento que foi criado com o intuito de ajudar os jovens. "O movimento escoteiro é um movimento mundial, educacional, voluntariado, apartidário, sem fins lucrativos. A sua proposta é o desenvolvimento do jovem, por meio de um sistema de valores que prioriza a honra(...)" Agora, eu pergunto, onde está a honra em todas as acusações mal elaboradas? Onde está a honra em buscar o fim de associações que ensinam os jovens a serem cidadãos presentes em sua comunidade? Onde está a irmandade escoteira assegurada na 4ª Lei escoteira que eles tanto "respeitam"?! Desrespeitam os próprios ditames e ainda se acham no direito de monopolizar o escotismo. Qual será o problema? Medo de ter seus escoteiros mudando de grupo e se filiando a outras associações?! O que teriam a perder? Além do mais, o escoteiro continuaria a ser escoteiro e continuaria aprendendo a ser um bom cidadão! Isso não seria problema se, de fato, não tivessem fins lucrativos...
ResponderExcluirGrande discurso, caro Cristoffer. É realmente lastimável ver o rastro deixado pelas pseudo-políticas da "generais" UEB. O escotismo idealizado por BP é um só, o fim é único, então qual o porquê de uma associação insistir em argumentos e práticas dissociadas dos ditames que ela mesma JUROU PELA SUA HONRA defender? Não há sentido nisso. Todas as associações escoteiras querem munir a juventude com princípio desde há muito olvidados, de forma a formar cidadãos mais úteis a si e à sociedade. JAMAIS nos esqueçamos de que embora possamos discordar quanto ao MÉTODO de ensino do escotismo, o ideário segue estanque. Em conversas recentes descobri que logo que a AEBP foi criada, pelo menos aqui onde moro, no RS, houve uma genuína tentativa por parte dos grupos da UEB e da AEBP em se SOCIALIZAR, o que era de se esperar já que SOMOS TODOS IRMÃOS DOS DEMAIS ESCOTEIROS. Porém, tal ato não agradou aos dirigentes da UEB que BURRAMENTE "determinaram" que seus afiliados não deveriam "se relacionar" os AEBPenses . Isso só demonstra que os alunos aprenderam a lição que para seus dirigentes nada mais são do que palavras vazias, fato realmente lamentável. POR QUE NÃO PODEMOS, MESMO SENDO DE ASSOCIAÇÕES DIVERSAS, PARTICIPAR COMO IRMÃOS QUE SOMOS DE JAMBOREES DE TODOS OS NÍVEIS? Por que a UEB é tão XENOFÓBICA? Ou estará ela convencida de que é a ÚNICA legitimada a ensinar o método escoteiro? IGNOMÍNIA(DESONRA GIGANTESCA), é a palavra para tais práticas...
ResponderExcluirFazer algo para o bem de todos ninguém quer né...
ResponderExcluirEsqueceu de falar dos escoteiros florestais que formos criados em 1996 e a UEB já fez várias tentativa sem exito pq estamos no brasil e em plena democracia e com um constituição federal que diz textualmente:
ResponderExcluirArt. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
ENTÃO COMO PODEMOS OBSERVAR O ARTIGO 1º DA ASSOCIAÇÃO ueb É ILEGAL....