Missão no Escotismo

Sabemos que o escotismo é um método e assim sendo um meio de se chegar a algum objetivo, muitos confundem esse método (meio) com um produto (fim) e por essas coisas erram e nem se quer conseguem aplicar o escotismo da forma correta.
Sendo um meio criado por um Cristão, filho de pastor e com uma vida pautada nas leis de Deus e do Império Inglês cresceu da forma que já conhecemos, tomando conta do mundo e sendo uns dos movimentos mais acreditados no mundo.
Ao lermos as obras de BP vemos claramente que o mesmo traduziu para um mundo que caminhava para a modernidade as obras de Deus. O seu conhecimento de Deus era tão claro que o mesmo não se furtava em falar disso.
Podemos relembrar algumas passagens clássicas, como  quando perguntaram sobre a religião no escotismo e Baden-Powell usou as palavras de Jesus e disse: Religião é coisa simples, temer a teu deus e amar ao próximo. Este teu deus alguns tentam distorcer e falar que Baden-Powell aceitava e defendia todas as religiões, um grande erro,pois sendo um Cristão sabe que Deus é só um e se alguém realmente o buscar chegará a Deus. Veja Mt 22:37-39.
Outra passagem a qual podemos ver claramente é um artigo de B.-P o qual ele exorta a todos os escoteiros quando estiverem em situação de dificuldade lembrasse e agisse como Jesus Cristo. Lembrando que Paulo nos conclamava a sermos seus imitadores como ele imitava a Cristo. I Cor 11:1
Poderia pegar várias outras citações de B.-P, como as 9 leis, a boa ação diária e etc, mostrar ponto a ponto, mas o que temos que ter em nossas mentes é o nosso real objetivo, usemos o que B.-P falou:
“...E o grande objetivo significa não só a prática de "contribuir e fazer" com seus próprios dirigentes, mas também com outras organizações que trabalham no mesmo sentido.Em um grande movimento para um grande objetivo não há lugar para pequenos esforços pessoais, temos que afundar idéias menores e nos abraçar em um grande “combinado” para lidar efetivamente com o todo. Nós Escoteiros somos jogadores de um mesmo time com a Boys's Brigade (Brigada de Jovens), Church Lads (Rapazes da Igreja), YMCA (Young Man Chisthian Association – Associação Cristã de Moços), Departamento de Educação e outros.
Cooperação é o único modo de se obter sucesso.”
Maio de 1910.
Então está claro nas ações e nos escritos de Baden-Powell que o seu intuito era melhorar o mundo não fazendo o trabalho de outras instituições, mas auxiliá-los na grande seara.
Assuma sua missão no escotismo, contribua com outras instituições através do método, não seja um fim, mas um meio de se alcançar os objetivos.

P.S – temos o escotismo como um chamado de Deus, uma missão para com a Pátria e vamos continuar a lutar pelo escotismo apesar de alguns membros da direção UEB estarem se mostrando como pessoas de má fé. Agindo de forma imoral, inconstitucional e não escoteira. Os ataques só nos fortalecem e no final venceremos. Temos um ideal não uma fonte de status.

Perigo em curso d’água

Eu pessoalmente tenho um cuidado maior em atividades que tenham água perto, um escoteiro sênior de um antigo grupo meu foi vitima da negligência de um chefe de outra associação. E acompanhei o sofrimento da família de 3 outros que foram pegos por uma tromba d’água. Por esta precaução nunca tivemos nenhum incidente ou acidente em água com a minha presença.
Sempre falamos muito de segurança em atividades aquáticas, em como montar o esquema de segurança, as regras gerais e poucas vezes vemos dar a devida atenção em mudanças bruscas da normalidade em cursos de água.
Nesse período de chuva, temos que nos atentar muito a estas mudanças. A maioria dos lugares de acampamento é servido por cursos de água, onde em vários momentos do acampamento nos utilizamos para serviço e atividades. O curso d’agua tem que ser bem conhecidos e interpretados.
Hoje vou me atentar a um fato até corriqueiro em cursos d’agua que é a elevação rápida do nível de água.
Mas o que devemos observar antes de tudo:
- Primeiro pergunte aos freqüentadores ou moradores sobre estas ocorrências;
- Observe as beiras e note os capins e árvores caídas no sentido do curso, elas podem indicar a altura que a água pode alcançar.
- Se possível cheque a topografia do curso, quanto mais acentuado maior a probabilidade;
Durante a atividade observe.
- Se ocorrer chuva na parte alta do curso não use para banho e ao se aproximar procure ter segurança e local fácil para sair.
- Nunca deixe ninguém sozinho á beira dos cursos de água.
- Mantenha sempre cordas e se possível bóia de arremesso próximo.
Lembre-se de em atividades escoteiras:
- No mar, escoteiros vão até a água normal bater nos joelhos;
- No rio com pouca correnteza até a cintura;
- Em lagos até a linha baixa do peito.
Ensine todos a nadar e use muito o senso crítico e os cuidados em atividades com água.
Segue um vídeo que mostra uma situação real, recebi por e-mail e agora uso para ilustrar. Pessoas que se impressionam fácil não devem assistir.

A origem do Escotismo

Os outros inventores do Escotismo invariavelmente dão as datas nas quais eles tiveram a idéia, assim pode ser interessante para alguns que não estão informados da origem do nosso esquema se eu fornecer alguns fatos sobre o nosso Escotismo.
Foto em Setembro de 1914
A primeira idéia para tal treinamento veio a mim muito tempo atrás, quando eu treinava soldados. Quando eu era ajudante no meu Regimento em 1883, escrevi meu primeiro manual para treinamento de soldados, do jeito que seria atraente para eles, desenvolvendo seu caráter para as campanhas muito mais que as habilidades militares. Este foi seguido por outro, e ainda um terceiro em 1889. Posteriormente, "Aids do Scout", foi utilizado em boas escola de alguma maneira, e pelos Capitães da Brigadas de Rapazes e outras organizações de jovens, apesar de que eu tinha escrito o livro exclusivamente para soldados. Então eu o reescrevi para o desenvolvimento do caráter dos jovens com atrativos que agradavam mais diretamente a eles.
O uniforme, em todos os detalhes foi tirado de um esboço feito por mim do equipamento que usei na África do Sul, em 1887 e 1896, e na Caxemira em 1897-8.
Nosso lema, "Be Prepared", era o lema do South African Constabulary - Polícia Distrital Africana na qual eu servi.
Muitas de nossas idéias foram tomadas dos costumes dos Zulus, e dos Peles Vermelhas, e dos Japoneses, muitas tiradas do código dos Cavaleiros da Idade Média, muitas nasceram de outras pessoas, como Cuhulan da Irlanda, Dr. Jahan, Sir W.A. Smith, Thompson Seton, Dan Beard, etc., e algumas de minha própria invenção!
Baden-Powell - Janeiro de 1914.

Para que ser escoteiro ou escotista?

Como muitos sabem entrei cedo no escotismo, atraído pelo ambiente de aventura e lealdade, na época nosso grupo era patrocinado e com um pouco de empenho participávamos de grandes atividades. Eu via meus chefes preocupados conosco, nunca se envolvendo em coisas erradas, até os que fumavam (coisa comum na época) não faziam na nossa frente, lembro do meu chefe sênior que só descobri q fumava depois que virei pioneiro.
Nesta época, de pioneiro, prometi retribuir todo o esforço dos meus chefes e fazer o mesmo para os outros.
Começava ai o inicio das indagações. Logo no primeiro ano como pioneiro fui trabalhar como assistente de Chefe escoteiro, e como as “regras” proibiam, não fui nomeado Assistente Distrital escoteiro, por causa da idade, mas desempenhava todo o papel. Mas via ser nomeadas pessoas com pouca ou nenhuma preparação assumindo cargos. Chegou ao ponto de ser indicado por todos os grupos do Distrito para a função e negado pela Direção regional dizendo que não era a política deles.
Anos depois descobri o que acontecia, um grupo de pessoas com uma carga de problemas tremenda, com vários pontos deficientes em suas fichas tentando se manter no poder. Com o advento das eleições, vários mostraram por qual motivo se mantinham “escoteiros”.
A utopia do escotismo puro caía por terra, eram “chefes” que queriam ser políticos, hoje vemos muitos, se pensar bem não é errado porque precisamos de representação nestes lugares, mas como ser escotista, diretor regional e ser político?  Para que eles se mantém no escotismo?
Vemos ainda uma pequena casta se mantendo ligadas ao escotismo para manter seu “sub-campo” eleitoral, fazendo politicagem para se manter no poder, para poder encher seus sites e blogs. Pessoas que multiplicam informações mentirosas, caluniosas e nada honradas, sem dizer, nada escoteiras, de que são donos do escotismo intergaláctico, que a sua Lei derrogada, revogada, inconstitucional vale um “Cibazol”. Se mostra tão verdadeiros como uma nota de 3 reais.
Mesmo estando em situação de ajudar a parte desprovida a fazer escotismo e não ajudam e continuam atividades escoteiras caras, diretores viajando o mundo em alto estilo, enquanto os “carentes” assistem em seus quintais atividades mundiais sem poder participar.
Mas temos chefes escoteiros de verdade que desempenham seus papeis como nossos representantes, temos também representantes que nem são escoteiros nos apoiando, pensando em política sim, mas não misturando as estações.
Nos últimos tempos vemos claramente quem é quem. Políticos que dizem defender o escotismo só defendendo sua associação. Será que defendem esperando os retornos financeiros do próximo Jamboree, ou a eleição do ano que vem?
E graças ao bom Deus temos políticos que defendem nossa causa, faço ao leitor um desafio. Pesquise o nome escoteiro no site da câmara federal, ou estadual ou até mesmo municipal, descubra qual representante coloca leis e apoio o Escotismo ou apenas apoiam associação A ou B. Se você constatar algo com o nome de associação desconfie, há algo de errado.
Agora desafio aqueles que se julgam certos em estar em vida dupla, escotismo e política.
Se pergunte e me responda político de vida dupla. Se pergunte e me responda chefe de vida dupla?
Seus atos são escoteiros?

Certidão de Nascimento do Grupo Escoteiro


Desde que chegou ao Brasil o escotismo se proliferou, chegou em diversos lugares, naquele tempo bastava colocar o uniforme e se reunir que tínhamos todo o reconhecimento desejado. Os jovens tinham apoio de vários lugares, como o comércio e as prefeituras, para praticar aquilo que tanto amavam.
Mas hoje os tempos são outros, existem normas legais que devemos seguir e isso nos cobra uma organização mínima e uma legalidade mínima também. Hoje somos centenas de grupos escoteiros existem, mas sem a certidão de nascimento, como todo o e nenhum direito. Como aquelas pessoas que nascem em locais menos abastados e só vão fazer os registros de nascimento “na hora que precisam”, perdendo várias benesses que o estado oferece e oportunidades que poderiam ser mais bem aproveitadas.
Para isso, para o grupo escoteiro não ser considerado um bando, não basta somente o reconhecimento de Associação “A” ou “B”, tem que ter o reconhecimento do governo Brasileiro.
O reconhecimento do Governo parte pela constituição dos grupos como grupo organizado, podendo ser uma simples associação ou OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), cada uma com suas peculiaridades. Fazendo isto o grupo escoteiro terá sua certidão de nascimento e o devido reconhecimento.
Para colaborar com a prática do escotismo estão sendo propostas várias leis e vários Projetos de Lei estão tramitando, longe disso o grupo com sua “certidão de nascimento”, poderá firmar parcerias, recebe incentivo e obtêm a legalidade necessária.
Agora arregace as mangas e obtenha sua identidade jurídica e faça o escotismo de seu grupo crescer.

Legalidade associativa
Qualquer grupo organizado pode e deve virar uma pessoa jurídica, os grupos escoteiros também então ai estão algumas informações para os grupos obterem a sua legalidade:
Para obtenção da pessoa Jurídica, pegue o estatuto básico que temos no site de nossa federação, analise, adéqüe, mas não suprima os itens necessários segundo a Constituição e o Código civil. Convoque os interessados (pais, escoteiros maiores, escotistas e etc), submeta seu estatuto a um advogado, realize sua assembléia de criação e ao final registre no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas mais próximo, após o registro envie ao contador para ele cumprir os ritos de registro junto às Receitas.

Uma luta obscura

Estamos nos últimos tempos em uma guerra velada, da União dos Escoteiros do Brasil contra todas as associações legalmente constituídas no Brasil.
Durante vários anos usaram de informações no mínimo duvidosas com o intuito de frear as pessoas que gostariam de praticar o escotismo fora de seus muros. Utilizaram leis sem valor nenhum para os dias atuais para não deixar que pessoas de boa fé praticassem o escotismo e se associassem a outras para tal.
Há uma década várias pessoas foram se juntando para praticar o escotismo da forma que aprenderam na própria UEB e da forma ensinada em seus cursos, mas a partir do momento que negaram seguir suas regras e estabeleceram suas entidades foram tidas como persona non grata por eles.
Tenho um episódio interessante que passei a um tempo atrás, em uma reunião na Câmara Federal para a possível formação de uma frente parlamentar escoteira, me fiz presente mais dois chefes, nesta ocasião estávamos representando os escoteiros tradicionais e o Programa Juventude Sempre Alerta da PMDF. Nesta ocasião em reunião presidida pelo Deputado Otávio Leite do PSDB-RJ, o deputado se colocou totalmente do lado da UEB deixando que estes se intitulassem os supremos do escotismo nacional, tomei a palavra e me apresentei e disse a que tinha vindo, momento que o Pres. da UEB se declarou o único que poderia ser chamado de escoteiro seria ele e os seus, neste momento o Dep. do PSOL que estava no local repreendeu o referido presidente falando da importância da pluralidade. Após esta reunião vimos que alguns PL que privilegiavam apenas a UEB foram desencavados, e tudo que poderia simplesmente citar o escotismo citava somente a UEB, deixando de lado as demais associações nacionais.
Ficando claro o interesse deste deputado em privilegiar somente esta instituição que pretende fazer seu acampamento nacional na cidade do Rio de Janeiro.
Muitas associações estão lutando para tirar estes pequenos lixos, nas leis Brasileiras e mostrar como um representante do povo deve agir.
Então temos que ver muito bem as atitudes de alguns representantes e saber bem em quem iremos votar no próximo pleito e a quem estamos nos associando.
Vamos continuar a trabalhar pelos competentes.

Falta de compromisso

       Nascemos em um mundo que poucos se comprometem realmente com aquilo que fazem, pessoas assumem responsabilidades e poucos fazem para cumprir com suas obrigações.

As pessoas com algum ou pouco trabalho acessam uma zona de tranqüilidade que as fazem não buscar, pelos seus esforços, algo mais além de suas pequenas realidades. A maior parte delas quer ter sem fazer, almeja uma tranqüilidade que os mesmos não fazem jus. Depois que se estabeleceu a lei de Gerson, isso se tornou um lema brasileiro e todos procuram realmente, só tirar vantagem em tudo.

O que vemos é um mar de pessoas com falsas alegrias, pois se mostra felizes com suas ditas falcatruas, suas facilidades, mas se formos mais a fundo vemos pessoas recalcadas, com vontades que vão além de sua determinação, daí surge um mar de problemas.

Problemas de todas as ordens insatisfação com a vida pessoal, frustrações, decepção e até comportamentos criminosos surgem, quando não se consegue o que se almeja e não estamos trabalhados para isso.

As pessoas que tem este mal da falta de compromisso dão vários sinais que são claros e mensuráveis, alguns que podemos ver são:

·               Falta de pontualidade;

·               Desculpas sempre presentes;

·               Problemas sempre maiores em outros lugares;

·               Falta de controle na vida pessoal;

·               Apresentam mais obstáculos que soluções;

·               Sempre que possível querem estar sob os holofotes.

Estes tipos de pessoas sem o devido apoio podem colocar a perder todo um trabalho. Então devemos diagnosticar e identificar o quanto antes estas pessoas e se possível ajudar, caso contrário, o melhor que podemos fazer é dar a liberdade para ela se encontrar em outro lugar.

Mas como ajudar?

Estabeleça uma lista de prioridades com a pessoa logo em um primeiro momento, onde ela colocará as suas prioridades e atuais situações. Como neste exemplo:

1.         Família – Minha mulher pede os domingos para a família

2.        Igreja – Desenvolvo trabalhos nos dias tais e tais

3.        Trabalho -  O meu regime de trabalho é tal e trabalho tais dias e tais horários.

4.        Etc

Veja em que posição está o trabalho desenvolvido junto ao projeto em conjunto que desenvolvem, se este não estiver do meio para cima temos ai uma não valorização do que ele faz junto a você.

Temos que deixar claro a estas pessoas que elas têm um problema e que isto deve ser resolvido e que para começar temos que identificar a origem dele. Se, é algo pessoal, profissional ou até espiritual.
Após identificá-lo comecemos com ações simples, primeiro no mais comum e claro a falta de pontualidade, transformando isto em uma qualidade. Com um compromisso da pessoa não mais se atrasar por um período de 6 meses, pois a repetição dos atos leva ao hábito.
Outra é abolir as desculpas, quando for explicar algo se aboli, as palavras: mas, entretanto, contudo, todavia. E lembremos que as desculpas enfraquecem a moral e estabeleça uma regra, em um período de 4 meses só serão aceitas 3 desculpas, mas lembrando a regra anterior.
Apresente alguns problemas reais e atuais e veja como a pessoa se porta, se ela vai ver em cada letra um problema ou um desafio, se ela vai refletir sobre e depois vai apresentar soluções. Deixe-o orientar uma reunião em busca da solução, se o mesmo sabe escutar e aceita as soluções apresentadas pelo outros.
Isto é uma pequena sugestão, mas tudo é válido quando se quer mudar. Se eu que estou lendo estou sendo taxado com falta de compromisso tenho que procurar mudar e colocar em prática tudo aquilo que são qualidades inerentes aos lideres.

Como ensinar sobre Deus se eu não O conheço

Hoje no escotismo vemos uma falta grande no método escoteiro, problema em um dos pilares, os deveres para com Deus. Parte essencial e necessária para a eficácia do trabalho no escotismo. Então como ensinar sobre algo que eu não vivo ou conheço?

Alguns dizem que não é necessário acreditar em Deus ou pertencer a uma religião para poder ser um bom escoteiro, basta fazer o que é culturalmente certo, que já basta. É ajudar ao próximo que se cumpre o dever para com Deus. Muitos citam seus próprios exemplos de vida e dizem que é o mais correto.

Em uma análise comum e medíocre podemos dizer que esta maneira está correta, mas o escotismo é uma ferramenta complexa e eficaz desde que devidamente aplicada.

Para começarmos a falar sobre isso vejamos o que Baden-Powell nos traz:

"Nenhum homem é muito bom, se ele acredita em Deus e obedece a Sua lei. Assim, cada escoteiro deve ter uma religião.... A religião é uma coisa muito simples: Primeiro: Amar e servir a Deus Segunda: o amor e serviço ao Próximo” (Scouting for Boys)

Podemos então analisar o texto que se segue de forma clara e fácil que nosso fundador, como um bom cristão sabe a importância da religião na formação do caráter dos nossos jovens.

Baden-Powell já naquela época se deparava com afirmações que hoje são tidas como verdadeiras para várias vertentes do escotismo, os ateus que desejam impor suas verdades, olha o que BP falava:

"... Os ateus afirmam que uma religião é aprendida de livros escritos por homens e isso não pode ser uma verdade. Mas eles parecem não ver além dos livros impressos ... Deus tem nos dado o grande livro da natureza para ler, e eles não podem dizer que há mentira lá - os fatos estão perante eles ... Eu não

Estudos sugerem a Natureza como uma forma de adoração ou como um substituto para religião, mas defendo o entendimento da Natureza como um passo, para se ter uma religião.”

Lendo esta parte do Rovering to Sucess (Caminhos para o sucesso) podemos notar que Baden-Powell tem tudo da forma correta, sendo o mundo e tudo que o cerca como obra e propriedade de Deus e mais uma vez afirma a necessidade de uma religião.

Nós escoteiros tradicionais acreditamos também na importância da religião e compreendemos nosso papel de complementar os ensinamentos dados por esta.

Religião é o ato de religar a Deus, é a busca do perfeito, é a orientação mais correta e sublime, é a forma social e terrena de ser orientado rumo certo e perfeito. Então devemos compreender e auxiliar o trabalho de Deus.

Então se queremos cumprir o papel do escotismo temos que primeiro vivenciar o que ele proporciona e não ficar com desculpas e filosofias errôneas. Os que dizem praticar o escotismo sem estimular e complementar a religião dos seus membros, não pratica o escotismo.

Apocalipse 3:15-16 “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca.”

Ou somos ou não somos escoteiros.

Paradigmas escoteiros

Antes de entrarmos no tema escoteiro temos que entender o que são e como surgem os paradigmas por isso assistam o vídeo abaixo primeiro.



Vimos ai como a repetição de ações sem entender os porquês acontece e como reproduzimos muitas coisas no nosso dia a dia. Muito disso é culpa dos lideres que não estimulam o pensamento crítico.

Hoje muitas associações escoteiras, principalmente a mais antiga, vivem em um sistema que veio sendo modificado e vivido sem ter uma essência forte. Práticas errôneas virando normas e condutas. Formação limitada sem muito acesso ao conhecimento puro.

Falo isso por ter sentido isso na pele, cursos que ensinavam práticas que nada tem haver com o escotismo original como o famoso sistema de progressão no lugar do plano de etapas. Pessoas distorcendo as palavras originais de BP para respaldar suas incompetências. Veja o livro escotismo para rapazes vendido hoje no Brasil e o original de 1908, desde a capa até o conteúdo muito modificado e mutilado.

Vamos a mais alguns pontos:

O uniforme, durante vários anos se lutou contra o uniforme tradicional, com desculpas e informações erradas conseguiram abrir para o traje e agora nem isso usa mais. Os dirigentes preferem se apresentar de calça jeans surrada e camiseta que estar bem uniformizado. Utilizam o que B.P disse de uma forma distorcida. Vejamos o que ele falou:

Já disse até agora: "Eu não me importo se um escoteiro qualquer usa uniforme ou não, quanto tempo o seu coração está trabalhando a lei escoteira." Mas a verdade é que não há praticamente um escoteiro que não usa uniforme. The Scouter 1913

Outro ponto bem controverso são as etapas de classe, as quais foram tiradas do dia a dia do escoteiro sem nem sequer perguntar a quem aplica. Você que tem mais de 10 anos de escotismo foi escutado quanto a isto, tenho certeza que não. Hoje as pessoas ficam tentando fazer o melhor com aquilo que aprenderam indo contra as determinações superiores da associação se mostrando assim que não são dignos de confiança. No pensamento de BP especialidade era para ser após a segunda classe. Veja o que ele diz:

“Um jovem geralmente não assimila o valor do treinamento escoteiro até que se torne um Escoteiro de primeira classe. A segunda classe é só um passo para aquela posição. Mas é um fato lamentável que muitos deles estejam contentes em permanecer como Escoteiros de segunda classe, uma vez que ganharam alguns distintivos de eficiência. É por essa razão principalmente que o Cordão de Eficiência (All Round Cords) agora só é alcançável pelos Escoteiros de primeira classe. Essa alteração foi bem vinda pelos Chefes Escoteiros como um incentivo aos rapazes que querem continuar progredindo no treinamento deles.” The Scouter 1914

Podíamos listar uma centena de coisas que se mudaram pela prática sem estudo do escotismo. O que não admitimos mais são algumas pessoas se auto-intitularem escoteiras e ficarem fazendo algo que não é o escotismo e ainda por cima falando que outras que praticam não são escoteiras só porque não membros de uma associação qualquer.

Pense

O que você está fazendo é escotismo?

Desafio em ler os originais e responder.

SER ESCOTEIRO

Hoje essa frase falou muito comigo, SER ESCOTEIRO. Alguns devem estar se perguntando, mas isso não vem sendo dito a você por vários anos? Respondo que sim, mas hoje por algumas circunstâncias que falarei ao final, essa frase martelou muito a minha mente e resolvi discorrer algumas palavras.
SER ESCOTEIRO é ser primeiramente digno de confiança, ou seja, pessoas que podemos confiar pelo que elas são o pelo que elas representam. Nós escoteiros representamos alguém que se pode confiar, a coletividade sabe que quando se pede auxílio a um escoteiro em uma missão correta e nobre pode contar com ele.
NÃO SER ESCOTEIRO é não estar pronto para ser alguém que se possa confiar, é negar um simples auxílio de falar sobre o escotismo ou indicar outro escoteiro para que faça um trabalho que lhe foi apresentado. Os pseudo escoteiros se fantasiam e se colocam a frente e quando se precisa dele nunca pode, já viram seus chefes com diversas desculpas para um jovem? As desculpas enfraquecem o caráter. É aumentar histórias só para ficar em evidência, diminuindo o trabalho dos outros, chegando até a mentir para conseguir um objetivo.
SER ESCOTEIRO é ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião ou como BP colocava, não importando o que custe. É se colocar a disposição sem medir esforços, sem ter retorno financeiro e muitas vezes contra a própria vontade comodista que nos cerca.
NÃO SER ESCOTEIRO é se colocar em uma zona de conforto e nada fazer para que os outros possam alcançar. É ficar como os neoescoteiros que só saem de casa para realizar seus desejos pessoais, nunca ir contra a comodidade. Não fazer algo para ajudar o próximo porque não vai trazer retorno financeiro nem de ego, muito menos para meu grupo escoteiro diretamente. É não fazer nada só porque posso passar do lado sem ser identificado como escoteiro.
SER ESCOTEIRO é se espelhar em pessoas boas seguindo-as e olhar as pessoas ditas ruins e conseguir tirar algo de bom. É fazer como o Fundador do Escotismo que se preocupou até os últimos dias com suas saúde e com a imagem que este passava aos jovens em todos os momentos de sua vida.
Exemplo a ser seguido
NÃO SER ESCOTEIRO é ser uma pessoa fisicamente fraca, neste caso, a fraqueza pode ser demonstrada na obesidade sem motivos de saúde, no desleixo com seu visual, cabelo roupas e tudo mais. É ser um usuário de substâncias nocivas ao corpo, como fumo álcool e outras drogas e dizer que sabe que é ruim e não consegue se livrar. Isso é fraqueza, é comodidade não escoteira.
SER ESCOTEIRO é ser um bom exemplo e mostrar que procurar ser o melhor que pode em tudo que faz, não desistir e demonstrar que pode identificar e corrigir seus erros, nunca mais repetindo-os. É mostrar que é humano, mas tem desejos de super herói.
NÃO SER ESCOTEIRO é tentar ser de forma diferente frente aos jovens, não deixando transparecer o que realmente é. É orientar os jovens a fazer algo que você mesmo nunca poderia fazer. É ser alguém que diz que campo é para criança, pois seu interior é de um velho derrotado.
Faça uma analise de seus chefes escoteiros, indaguem porque eles estão obesos, porque nunca acompanham as tropas lado a lado. Preste atenção no palavreado, se ele só sabe usar palavras de baixo calão e nunca consegue elogiar os feitos dos jovens.
Exemplos que estão sendo seguidos

Veja se ele usa drogas, Álcool, fumo e outros, lembre-se eles são os exemplos que serão seguidos, de nada adianta um belo discurso se a postura não for condizente.
Os adultos no escotismo são responsáveis pela fraqueza de nosso movimento escoteiro, presidentes de associação que não são exemplos para suas próprias famílias. Que dizem defender o escotismo sentado atrás de mesas de vidro, indo ao campo só para vistoriar a quantidade de jovens para contabilizar os lucros.
Como defender um movimento jovem com velhos de espírito a frente, sabemos que existem velhos de idade e jovens de espírito podem fazer a diferença. Pegue o currículo de seu líder escoteiro e analise se vale a pena seguir.
Siga o que achar melhor e seja o melhor escoteiro que pode.

PS. Falei que iria dizer o porque, mas agora não importa, o que importa é que você analise aqueles que se dizem escoteiros e não são.

Atitudes não escoteiras


Na última década vimos algumas pessoas que se dizem escoteiras mostrarem através de seus atos que não são. Pessoas de renome, legalmente impedidas de exercer funções escoteiras sendo ovacionadas por seus atos discriminatórios, imorais e até alguns atos ilegais.
Atitudes estas que estão colocando em “check” uma coisa maior que é o movimento escoteiro, o qual se tornou referencia em todos os países do mundo e no Brasil se tornou uma piada.
Vemos estes pseudo-escoteiros, pois o verdadeiro escoteiro não é aquele que tem carteirinha escoteira (até Jô Soares tem uma), o verdadeiro escoteiro segue as leis como todo cidadão, mas que também se coloca abaixo de um código de conduta que chamamos de Lei escoteira. Pois então, os pseudo-escoteiros estão ai se declarando os únicos. UNICOS EM QUE?
Únicos que podem representar o escotismo no Brasil, em parte tá certo, são os únicos que a sua associação mundial, por falta de conhecimento dos fatos, permite que estejam filiados a eles.
Mas o que quer dizer isto na prática?
Nada, porque estamos em um país onde posso me associar a quem desejar, não serei obrigado a fazer nada senão em virtude da lei. Mas eles se acham a LEI, baixam decretos soberanos, mandam em vidas, destroem outras.Quando falo em destruição de vidas me lembro do Saudoso Chefe Lopes, que após uma ação imoral, ilegal e nem de perto escoteira, tiraram a vontade de viver de um chefe que tempos depois pelo agravamento de sua doença morreu.
São pseudo-escoteiros, pois seus atos mostram, vendo no INPI vemos que estes procuraram de alguma foram minar o crescimento de um dos maiores movimentos jovens Cristãos do Brasil, tentando registrar a sua denominação.
Subjugam o conhecimento dos mais humildes, com ataques pessoais, eu mesmo sofri um ataque deste com calunias e difamações, feitas junto aos meus chefes.
O que eles relutam em saber é que o escotismo é uma idéia e as idéias não podem ter donos.
O escotismo é um meio, não um fim. Não é o que se faz ou o que se usa é uma filosofia de vida.
Vamos lutar e vamos seguir em frente porque contra ações não há argumentos.
Se você se sente reprimido, oprimido, tolhido em seus direitos procure sua forma de se defender, se quiser se unir a nós estamos aqui e juntos vamos fazer o escotismo mais forte.

Sobre os artigos militares no uniforme escoteiro.


Existe uma grande vontade dos jovens usarem aquilo que lembra os militares, principalmente os de elite. Em todos os lugares do Brasil sempre nos deparamos com pessoas nas ruas com peças do vestuário militar e os escoteiros em atividades sempre aparecem com uma gama imensa de artigos militares.
A princípio isso pode ser interpretado como prejudicial, porque o escotismo não é quartel. Em parte eu concordo, pois não devemos transformar o grupo escoteiro em quartel, com suas práticas não salutares, como exercícios físicos forçados e outras coisas que nos são bem claras.
Mas como não estamos falando em práticas, pois estas não dependem de uniforme e equipamento, pois vemos grupos de Neoescoteiros com práticas mais militares que as forças mais rígidas, com trotes e ações que são imorais e ilegais.
Vamos nos ater ao tema central que são os equipamentos militares. Alguns citam a legalidade do uso se embasando em uma interpretação errada dos regulamentos militares.
Vamos a um exemplo com o Regulamento de Uniforme do Exercito:
Art. 4º Os uniformes de que trata o presente Regulamento constituem privilégio absoluto do Exército, sendo privativos da Força na cor cinza, nas tonalidades clara e escura, na cor verde-oliva e na padronagem camuflada em suas específicas tonalidade e saturação.
§ 1º É expressamente proibido o uso de uniformes e peças complementares por pessoas não autorizadas.
§ 2º Cabe ao Comando Militar de Área ou de Guarnição exercer ação fiscalizadora junto a estabelecimentos de ensino, corporações, empresas e organizações, de qualquer natureza, que usam uniformes, de modo a não permitir que esses possam ser confundidos com os previstos neste Regulamento.
§ 3º É expressamente proibido o uso, por qualquer pessoa, de peças de uniformes junto com trajes civis.

Primeiramente o regulamento de uniforme é do ministro para seus subordinados e a lei é correta quando define a privação de cores nos uniformes. Pois isso evita que se confunda os seus utilizadores.
Segundo o uniforme se entende como uniforme o conjunto de peças essenciais de uma vestimenta padronizada, a fim de não confundir como está expresso no parágrafo 2.
O Parágrafo 3 diz que não se pode usar peças dos uniformes com trajes civis, mas as pessoas que estão submetidas a este regulamento são os pertencentes às forças reguladas por ele ou seja: EB, FAB e MB. Entramos neste caso na aplicação deste na vida civil, a qual não tem efeito nenhum desde que não interfira na segurança, bom andamento do serviço militar e nem a ordem pública.
Temos que tomar cuidado então para que nossos jovens não usem fardas completas das forças militares, mas nada impede que utilizemos artigos que nos são úteis como calçados, cintos e coberturas. Evitando sempre sermos confundidos com membros das forças armadas.
Temos uma grande vantagem, pois nós escoteiros tradicionais já temos um uniforme que não deixa nada a dever aos uniformes das forças armadas, pois a tecnologia e a funcionabilidade destes, ele já possui. Podemos melhorar com calçados e equipamentos como cintos e bolsas.
Então vamos nos inspirar nos militares como sempre fizemos e vamos fazer do nosso modo escoteiro e tradicional.