Fé sem obras e obras sem fé

Escotismo sem grupo e grupos sem escotismo.

Deparo-me todo dia com essas duas situações, uma de escotismo sem grupos escoteiros e grupos escoteiros sem escotismo e diante disso fico me indagando e analisando tudo aquilo que nos aparece.


O primeiro panorama é o escotismo sem grupo, onde algumas pessoas sonham em um escotismo, perfeito, com suas cortes funcionando totalmente, seus escoteiros como jovens perfeitos, grupos escoteiros com centena de jovens. Quem não sonha com isso? Mas de que vale os sonhos, a fé nesse escotismo, se não conseguimos colocar em prática, que escotismo perfeito é esse que os adultos não conseguem trabalhar em equipe e fazer atividades que atraiam os jovens da forma que atraía em outrora e que faça a diferença em suas comunidades.

Do outro lado vemos grupos que se denominam escoteiros, mas que nada de escotismo praticam, fazem uma espécie de escolinha dos finais de semana, onde os chefes só conhecem o que o fundador criou, pelos chamados livros de inspiração, os quais têm suas traduções viciadas e com várias partes subtraídas, fazendo com quem se tenha uma visão parcial e muitas vezes deturpada da criação original. Temos também grupos que são limitados a ordem unida e a uma pequena parte do método escoteiro e por causa de um lenço no pescoço se dizem escoteiros, onde a promessa é feita por simples formalidade, protocolo.

Vendo estas imagens do escotismo é que devemos procurar pessoas que conseguem aliar a fé às obras, ou seja, o escotismo aos grupos. Número de jovens em forma não é fator principal e nem dois escoteiros perfeitos também. O que devemos ver é a junção perfeita da fé naquilo que BP criou e o número de pessoas atingidas por esta. Como foi em outrora e é ainda hoje em vários grupos escoteiros em diversas associações.

Procure mais conhecimento do escotismo original e tenha uma opinião embasada livre dos “disse que me disse”.